2007 é o ano do centenário de nascimento de José Reis, o cientista que de tanto realizar esforços de comunicar o saber da ciência para pessoas de todas as áreas e idades, tornou-se o nome de referência em divulgação científica no Brasil e no mundo.
A história de José Reis é emblemática para o mundo da ciência. Desde os anos 1930, quando ingressou no Instituto Biológico, sentiu falta de promover um sentido mais amplo para o serviço de classificação parasitológica que exercia. Passou a criar cartilhas dirigidas aos criadores de galinhas com instruções para evitar as doenças aviárias, que eram muito comuns na época. Fez inúmeras viagens aos sítios do interior e sua bagagem era formada pelos impressos e aparelhos de laboratório que apresentavam as doenças e demonstravam como seriam as práticas para combatê-las.
Naquela época, levar a ciência para fora das instituições, além de ser um tabu era uma prática condenada por muitos pesquisadores. Mas, José Reis colecionou projetos de sucesso nessa área. Já publicava em jornais e revistas agrícolas as últimas descobertas do mundo científico e logo passou a ter uma coluna de jornalismo científico no jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo), que durou até 2002, ano de seu falecimento.
Nesse período, José Reis foi marcante em muitas ações de desenvolvimento para o país. Junto com o grupo de Paulo Sawaya, fundaram a SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a revista Ciência e Cultura, elementos fudamentais de debate para a formação da nossa política científica. Também idealizou a campanha “Educação é Investimento”, pela qual promovia feiras de ciências escolares e fazia conferências e em todo o Estado. Instituições como a FEA (Faculdade de Economia e Administração da USP) e a Fapesp também tiveram sua participação na criação de seus estatutos.
Hoje, quando podemos olhar o alinhamento dessa história, vemos que José Reis se dedicou a levar a ciência e incentivar as políticas de educação através de diversos meios de comunicação. Escreveu para todos os formatos de mídia impressa, fez programas de rádio e em uma entrevista em vídeo com a Dra. Alba Lavras, em 1984, ele diz que “muito avançaríamos se investíssemos em documentários científicos”. Dessa forma, José Reis manisfesta o seu desejo em incentivar também a cinematografia científica, pois esta seria um instrumento mais contemporâneo de divulgação da ciência.
Vamos ver em cartaz aqui no Ciencine os vídeos sobre José Reis.
Um comentário:
José Reis 100 Anos
2007 é o ano do centenário de nascimento de José Reis, o cientista que de tanto realizar esforços de comunicar o saber da ciência para pessoas de todas as áreas e idades, tornou-se o nome de referência em divulgação científica no Brasil e no mundo.
A história de José Reis é emblemática para o mundo da ciência. Desde os anos 1930, quando ingressou no Instituto Biológico, sentiu falta de promover um sentido mais amplo para o serviço de classificação parasitológica que exercia. Passou a criar cartilhas dirigidas aos criadores de galinhas com instruções para evitar as doenças aviárias, que eram muito comuns na época. Fez inúmeras viagens aos sítios do interior e sua bagagem era formada pelos impressos e aparelhos de laboratório que apresentavam as doenças e demonstravam como seriam as práticas para combatê-las.
Naquela época, levar a ciência para fora das instituições, além de ser um tabu era uma prática condenada por muitos pesquisadores. Mas, José Reis colecionou projetos de sucesso nessa área. Já publicava em jornais e revistas agrícolas as últimas descobertas do mundo científico e logo passou a ter uma coluna de jornalismo científico no jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo), que durou até 2002, ano de seu falecimento.
Nesse período, José Reis foi marcante em muitas ações de desenvolvimento para o país. Junto com o grupo de Paulo Sawaya, fundaram a SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a revista Ciência e Cultura, elementos fudamentais de debate para a formação da nossa política científica. Também idealizou a campanha “Educação é Investimento”, pela qual promovia feiras de ciências escolares e fazia conferências e em todo o Estado. Instituições como a FEA (Faculdade de Economia e Administração da USP) e a Fapesp também tiveram sua participação na criação de seus estatutos.
Hoje, quando podemos olhar o alinhamento dessa história, vemos que José Reis se dedicou a levar a ciência e incentivar as políticas de educação através de diversos meios de comunicação. Escreveu para todos os formatos de mídia impressa, fez programas de rádio e em uma entrevista em vídeo com a Dra. Alba Lavras, em 1984, ele diz que “muito avançaríamos se investíssemos em documentários científicos”. Dessa forma, José Reis manisfesta o seu desejo em incentivar também a cinematografia científica, pois esta seria um instrumento mais contemporâneo de divulgação da ciência.
Vamos ver em cartaz aqui no Ciencine os vídeos sobre José Reis.
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